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OLHAR ATENTO



Já-la-vão quase dois (2) anos que a epidemia política abalou o país, sendo assim, sinto-me a autoridade moral de patentear a minha modesta opinião aos observadores atentos e a sociedade Guineense em geral, no sentido de tirar as ilações sobre actual crise política que transbordou efeitos paralelos e colaterais às diferentes franjas da sociedade. Lamentavelmente a sociedade guineense está a estipendiar fardos excessivamente altos, uma sociedade composta de povo humilde, batalhador, amável que conquistou a sua autonomia política, administrativa e territorial na base de dignidade e união acima de tudo, graças os verdadeiros filhos desta nação. Mas a mesma sociedade ainda contem um grupinho das pessoas que autoproclamarem políticos, mas na verdade são políticos da MEIA TIGELA ou por outras palavras políticos COMPLÉ, estes políticos eram jovens pós independências, que beneficiavam das bolsas de estudos com o único objectivos de contribuírem para o relançamento e desenvolvimento do país, mas o método é totalmente antagónico com as ideias inicias, porque não sabem lidar com os assuntos sérios e realidade de milénio, mas sim, são homens que costumam manipular mecanicamente a realidade aos seus favores.

Todos estes comportamentos antipáticos levaram o país no abismo e colapso total, sem dúvida inverteram os grandes valores que a Guine Bissau tinha como legado (nó pikinino na tamanho, mas nó garandi na fama). A última crise política dividiu por completo as opiniões dos intelectuais, das famílias, nas bancadas, organizações e instituições do país. Se não vejamos os envolvimentos e contribuições negativa ou positiva dos diferentes protagonistas:

  1. PAIGC

É o principal culpado no atraso de desenvolvimento da Guiné Bissau, devido tanta censura e falta de visão estratégica no que concerne ao processo de desenvolvimento do país, dispersarem muita gente e fuga dos magníficos quadros ao longo dos anos, delapidaram economicamente os recursos e património de estado, desflorestaram os nossos recursos através da montagem de quadrilha na administração pública, prova disto, a administração pública hoje em dia constitui o alvo de desorganização e saqueio em todos os quadrantes, os processo de recrutamento e selecção da função púbica são feita dentro de sedes de partidos políticos, promoção de incompetências no aparelho administrativo até no ponto de nomear os dirigentes políticos incultos, interferência da política no sistema judicial, fragilidade no sistema de ensino, intromissões no sector privado, traição interna constitui o cavalo de batalha de alguns militantes do partido etc. Todas as disposições em epígrafe, contribuíram bastantemente na fragmentação do partido e consequentemente transbordou nos assuntos do país devido a fragilidade do estado. A actual direcção do partido liderado pelo Eng.º Domingos Simões Pereira, na minha opinião deve preocupar em descobrir a fonte de antagonismo e realizar reforma profunda e paulatina mediante primórdios ideológica do partido, no entanto a direcção actual, deve lutar a todo custo à eliminar o nepotismo interna e apostar na unificação de diferentes sensibilidades interna sem pôr do lado a disciplina partidária, pois a disciplina interna constitui conjunto de normas jurídica que regulariza a vida dos militantes no partido, caso contrario o PAIGC, nunca sairá na contenda desta natureza, quando é assim o país dificilmente ultrapassará a crise cíclica.


  1. PRS

O partido da renovação social foi criado nos anos 90 com o propósito de substituir politicamente o partido no poder, era um partido de jovens recém-formados e corajoso, na qual o Dr. Kumba Yala foi um grande mentor deste projecto político. Com o decorrer do tempo, as ideais inicialmente do partido foram absolutamente invertidos devidos à aproximação dos altos dirigentes do partido com classe castrense. Esta aproximação teve uma ligação forte com o caso de 17 de Outubro, razão pela qual, houve uma aderência massiva dos militares e oficiais vítimas de 17 de Outubro no levantamento político-militar de 7 de Junho de 1998.

Depois da vitória eleitoral do PRS e consequentemente da Koumba yala, o parido não aproveitou oportunidade, com tudo, continuou a ligação fortemente com a sociedade castrense, promoveu a falta de autoridade de estado, burla no tesouro público, fragmentação de regime com a sociedade civil etc.

Apesar que objectivo da política é obtenção de poder o mais rápido possível, mas também o poder não deve ser conquistado a todo custo, porque tem as suas consequências colaterais. O partido da renovação social deve pautar pela purificação da imagem negativa deixado no passado em vez de estar a defender a todo custo os quinze deputados expulsos do PAIGC e o presidente da república, o PRS enquanto partido político deve servir povo através da divulgação da imagem real que irá ao encontro com ansiedade da população.

  1. SINDICATOS

Sindicato normalmente é a associação dos trabalhadores que defendem os interesses sociais, económicos e profissionais da classe, mas ao fim ao cabo a nossa maior central sindical do país tem uma ligação fortemente com comité central do PAIGC, desde primórdios da independência até a data presente. Este casamento tem o único objectivo, servir o partido em vez de servir os interesses dos trabalhadores, é de referir que os sindicatos têm um papel de supra importância na consolidação e edificação dos direitos fundamentais que assiste toda a camada social.

  1. SOCIEDADE CIVIL

Uns dos grandes pilares da democracia são: participação, revindicação construtiva e heterogeneidade das ideias. Por isso a sociedade civil em geral deve pautar por estas vias, apesar que pela primeira vez os cidadãos saíram ordeiramente nas ruas para reivindicar os direitos plasmado constitucionalmente, estas atitudes são louváveis, mas no entanto a sociedade cível devem distanciar de sede de partidos políticos.


  1. SOCIEDADE URBANA (BANCADAS)

As bancadas devem assumir papel de sensibilização e divulgação das boas práticas, porque ali que aparecem as verdadeiras ideias inicias baseado na análise cuidadosa e crítico da realidade, os jovens não devem traduzir os espaços na CONVIVÊNCIAS DE VINHO DE CAJU E UARGA ou seja servir como cavalo de batalha dos políticos, porque os políticos não estão interessados à resolver problemas ligado a juventude, razão pela qual, até agora não foi aprovado a política nacional da juventude.


  1. SOCIEDADE ORGÂNICA

A sociedade orgânica é totalmente diferente com a sociedade mecânica, pois a orgânica inverteu tudo aquilo que era os nossos valores, hoje em dia nasceu vários slogans que estão a ser interiorizado nas mentes das pessoas e consequentemente nos pensamentos dos políticos (cabra nde ki marado la ku i ta kume, bu sibi ami i kim etc.), ao passo que na sociedade mecânica existia uma camaradagem forte e educação consistente que possam contribuir bastantemente na edificação do estado.

  1. FORCAS ARMADAS

  2. As forcas armadas revolucionárias do povo FARP, foi criado no dia 16 de Novembro de 1964 em cassaka sob comando de João Bernardo Vieira, era uma estrutura de movimento da libertação que veio a transformar numa verdadeira forca revolucionária de povo até a data presente, mas no entanto, passou dilemas profunda ao longo de muitos anos. A FARP actualmente está na fase de profundas mudanças, provas de isso marcaram a distâncias de acto político, na verdade são as verdadeiras forcas armadas revolucionárias de povo, porque demonstrarem os ensinamentos de Cabral, sem mais comentários eu outorgo a nota 10/10 durante a crise.


SECTOR PRIVADO

Normalmente o Sector privado, constitui a parte da economia de um país que não pertence ou não é controlada pelo Estado. Entre outras, estão incluídas as sociedades anónimas, sociedades de responsabilidade limitada, corporações, trabalhadores autónomos e fundações. Este conceito e totalmente diferente com a nossa realidade, porque depois de golpe de estado de 14 de Novembro de 1980, surgiu a famosa liberalização económica, a ideia inicial era extrair a mão invisível do estado na economia nacional e envolver os operadores privados nos assuntos de negócios nacional, daí que surgiu o famoso comércio livre. Com o decorrer do tempo, a actividade económica alinhou-se fortemente á actividade política, através da nomeação das camaradas do partido para ocupar altos cargos a nível das empresas públicas sem a mínima preparação académica, estes comportamentos incorrectos levou abolição de grandes empresas públicas na altura nomeadamente: Dicol, silo de Yata, Estaleiro Naval, Montagem de Nghaé, fabrica Titina Silá, Hotel 24 de Setembro, Correios, fábrica de transformação de produtos naturais, etc.

A partir do ano de 1989, surgiu a Câmara de comércio enquanto interlocutor de sector privado junto do governo e de mais outras entidades com objectivo inicial de relançar a economia com vista a criação do emprego, mas não foi o caso, o sector privado continuou a não cumprir com os desígnios ora criada, porque falhou com o pagamento da divida interna, interferências no assuntos políticos o que levou o surgimento duma outra câmara de comercio. Esta prática ira enfraquecer ainda mais o sector privado, consequência disso haverá pobreza imensa que pode transformar numa tragédia nacional.

RODA PÉ

Estes pressupostos acima mencionados, constituem causas e fontes de conflito que traduziu num crises cíclica que o país está a viver neste preciso momento.

Na minha opinião, este referendo deve ser encarrado com a enorme responsabilidade no sentido de envolver PAIGC, 15 deputados e presidente da república directamente ou indirectamente porque fazem parte de conflitos. Contrariamente com os entendimentos de muitos, sou da opinião das pessoas que estão contra a dissolução parlamentar, porque dificilmente a eleições resolverá problema. A marcação de novas eleições, o PAIGC sairá como vencedor novamente a crise vai aumentando porque a roupa sua não está limpa ainda.


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